VERBETE:  Priscila Renata Gimenez

L’Écho français: builletin politique, littéraire, des sciences et des arts (1838-1839)

Publicado aos sábados, de 10 de março a 13 de abril de 1839, esse jornal foi mais um dos periódicos editados pela Imprimerie Impériale e Constitutionnelle de Jules Villeneuve, do início de sua publicação até 29 de dezembro de 1838. Anunciando uma nova política editorial, a partir de 5 de janeiro de 1839 L’Écho français  passou a ser impresso e produzido por C. H. Furey, seu novo proprietário e impressor.

Trata-se de um periódico destinado prioritariamente à comunidade de imigrantes franceses instalada no Rio de Janeiro. Apresentado em oito páginas e todo redigido em francês, o conteúdo político, comercial e cultural do jornal é distribuído em três colunas por páginas.

L’Écho é subdividido em seções geralmente fixas: “Extérieur” e “Intérieur” (ou Rio de Janeiro), na primeira parte do jornal, e “Nouvelles Diverses”, “Chronique Judiciaire”, “Partie Commerciale”, “Mouvement du Port” e “Variétés”, na segunda parte. Essa última rubrica, quase sempre é acompanhada de uma ilustração de tamanho médio, com destaque na página.

Enquanto o valor das assinaturas era de 2 mil, 4 mil e 8 mil reis, respectivamente, por um trimestre, um semestre e um ano, o preço individual do jornal era de 120 réis o número. Já o valor cobrado pelos anúncios era de 80 réis a linha.

O primeiro ano parece ser o mais importante do periódico. Isto não se deve apenas ao volume de edições muito maior, evidentemente. Tendo Jules Villeneuve como seu editor chefe, os primeiros doze meses de publicação do Écho apresentam conteúdo, formatação gráfica e organização interna (ordenação de rubricas e sequência das notícias) mais interessantes e melhor trabalhados esteticamente na página do jornal.

Com a mudança de proprietário e editor em seu segundo ano de publicação, L’Écho anuncia algumas mudanças editoriais, que, contudo, não seriam duradouras. Apenas uma discreta e pouco significativa modificação persistiu efetivamente: o subtítulo do jornal. De “Builletin politique, commercial, littéraire, des sciences et des arts”, ele passou a ser chamado “Builletin de la politique, du commerce, de la littérature et des arts”, em 1839.